Manuel Marques de Sousa

O Conde de Porto Alegre
Manuel Marques de Sousa
Porto Alegre c. 1865
Nome completo Manuel Marques de Sousa
Apelido "O Centauro de Luvas"
Nascimento 13 de junho de 1804
Rio Grande, Rio Grande de São Pedro, Brasil
Morte 18 de julho de 1875 (71 anos)
Rio de Janeiro, Município Neutro, Brasil
Progenitores Mãe: Senhorinha Inácia da Silveira
Pai: Manuel Marques de Sousa
Cônjuge Maria Balbina Álvares da Gama
Bernardina Soares de Paiva
Filho(a)(s) Maria Manuela da Gama Marques
Maria Bernardina Marques de Sousa
Clara Marques de Sousa
Alma mater Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho
Serviço militar
País Império do Brasil
Serviço Exército Brasileiro
Anos de serviço 1818–1856
1865–1868
Patente Tenente-general
Conflitos Guerra contra Artigas
Independência do Brasil
Guerra da Cisplatina
Revolução Farroupilha
Guerra do Prata
Guerra do Paraguai
Assinatura

Manuel Marques de Sousa, Conde de Porto Alegre (Rio Grande, 13 de junho de 1804Rio de Janeiro, 18 de julho de 1875), apelidado de "O Centauro de Luvas",[nota 1] foi um militar, político, abolicionista e monarquista brasileiro. Ele nasceu em uma família rica e de tradição militar, entrando no Exército em 1817 quando ainda era criança. Sua iniciação militar ocorreu na Guerra contra Artigas, que teve seu território anexado e se tornou em 1821 a província brasileira da Cisplatina. Ele ficou envolvido durante boa parte da década de 1820 no esforço brasileiro para manter a Cisplatina como parte de seu território, primeiro durante a independência do Brasil e depois na Guerra da Cisplatina. No final a província conseguiu se separar e se tornou a nação independente do Uruguai.

Alguns anos depois em 1835 a província de São Pedro do Rio Grande do Sul se rebelou na Revolução Farroupilha. O conflito durou quase dez anos e Porto Alegre liderou o exército em vários confrontos. Ele teve um papel importante ao salvar a capital provincial dos rebeldes farrapos, permitindo que as forças governamentais conseguissem um fundamental ponto de apoio. Porto Alegre liderou uma divisão brasileira em 1852 na Guerra do Prata em uma invasão contra a Confederação Argentina. Recebeu um título de nobreza e foi sucessivamente barão, visconde e por fim conde.

Nos anos pós-guerra ele voltou sua atenção para a política e se aposentou como tenente-general, então a segunda maior patente do exército. Ele se afiliou ao Partido Liberal e foi eleito deputado representando São Pedro do Rio Grande do Sul. Porto Alegre também fundou o Partido Progressista-Liberal no nível provincial – uma coalizão de Liberais como ele e alguns membros do Partido Conservador. Ele brevemente serviu como Ministro da Guerra (ver Gabinete Zacarias de 1862). Porto Alegre voltou ao serviço militar quando estourou a Guerra do Paraguai. Foi um dos principais comandantes brasileiros durante o conflito e sua participação ficou marcada por importantes vitórias, além de brigas constantes com seus aliados argentinos e uruguaios.

Porto Alegre voltou para a carreira política ao final do confronto. Se tornou um grande defensor da abolição da escravatura e patrono da literatura e ciência. Ele morreu em julho de 1875 enquanto servia novamente no parlamento. Era muito estimado até a abolição da monarquia em 1889, caindo na obscuridade por ser considerado muito próximo do antigo regime. Sua reputação foi posteriormente reabilitada até certo ponto por historiadores, com alguns o considerando como uma das maiores figuras militares da história do Brasil.

  1. Fonttes, Carlos (1994). Regimento Conde de Porto Alegre. Uruguaiana: Continente. pp. 124, 128 
  2. Correia Neto, Jonas (2004). «Atas das sessões do Instituto». Brasília: Gráfica do Senado. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. 425: 295 


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